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18/04/2022

TECNOLOGIA E INVESTIMENTO DA CEDAE GARANTEM VERÃO SEM GEOSMINA

Medidas adotadas no Sistema Guandu evitaram alterações no cheiro e gosto da água

"Vamos ter um verão sem geosmina". A frase do presidente da Cedae, Leonardo Soares, durante entrevista para a TV, em 26 de dezembro de 2021, não era mera aposta ou achismo. Era baseada em dados e tecnologia. Pouco mais de três meses depois, o outono chegou, sem que o drama da água com gosto e cheiro afetasse a população do Rio de Janeiro novamente, como nos dois verões anteriores. A receita para garantir água limpa? Investimento e tecnologia.

- A geosmina é comum em toda parte do mundo e exige sempre enfrentamentos diferentes. Começamos a fazer testes com soluções específicas e identificamos as mais eficazes, que nos garantiram um verão sem sustos - afirma Soares.

O primeiro movimento veio logo após o verão de 2021: a Cedae instalou, em abril de 2021, um conjunto de bombas que transportam 3 mil litros por segundo de água do rio até a Lagoa Grande, último ponto antes da captação de água na Estação de Tratamento do Guandu. O bombeamento acelerou a vazão e reduziu a temperatura média da água da lagoa em cerca de 5° C.

- A geosmina acelera sua proliferação em águas mais quentes. Reduzir a temperatura da lagoa nos nossos verões quentíssimos foi muito importante – destaca o diretor de Saneamento e Grande Operação, Daniel Okumura.

A segunda medida adotada para impedir a proliferação de algas na lagoa foi a instalação, durante o verão recém-acabado, de oito boias de ultrassom em seu espelho d'água. A Cedae investiu R$ 4,3 milhões para trazer da Holanda equipamentos que emitem ondas de ultrassom de baixa potência e mantêm as algas abaixo da superfície, longe da luz solar, impedindo sua proliferação. As boias, que funcionam com energia solar, ainda monitoram em tempo real parâmetros fundamentais para saber se há risco de cair a qualidade da água.

Sem baixar a guarda

Mesmo após um verão extremamente quente e sem geosmina, a Cedae segue o plano para garantir água limpa. Em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e com o Comitê Guandu-RJ, a Companhia investe R$ 108 milhões na construção de duas Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), uma no Rio Queimados e outra no Rio Ipiranga. As UTRs lançam microbolhas na água, que formam um “colchão” que traz os poluentes para a superfície na forma de espuma, permitindo sua retirada. O processo remove da água quase 100% do fósforo, principal nutriente das algas.

Outra medida acontece no interior da ETA Guandu. Com investimentos de R$ 800 milhões, a estação passa por uma série de obras, desde 2021, com previsão de conclusão no ano que vem. As intervenções vão desde novos equipamentos à reforma das instalações, incluindo a modernização dos filtros e decantadores, substituição de válvulas e reformulação do Centro de Controle Operacional (CCO) e do sistema de monitoramento.

O laboratório de análise de qualidade da água da ETA também passa por modernização. Em novembro de 2021, a Companhia investiu R$ 1,5 milhão na compra do super microscópio Axio Observer 5, referência na geração de imagens em alta resolução. O equipamento tem filtros que permitem identificar, quantificar e qualificar micro-organismos como as cianobactérias.

A Cedae também está licitando a compra de três novos cromatógrafos, máquinas capazes de identificar com mais precisão contaminantes orgânicos no rio.

- Com base nos dados fornecidos pelo microscópio, cromatógrafos e pelas boias de ultrassom, será possível identificar antecipadamente alguma alteração e agir de forma preventiva, antes mesmo da captação da água – explica Okumura.

 

Crédito da foto: Leonardo Ripamonti

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