Foto: Luis Alvarenga
Os investimentos da Cedae para a modernização de suas unidades, da administração da Companhia e para garantir a segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro foram destaque no Encontro Lide, que reuniu empresários e autoridades públicas no Hotel Fairmont, em Copacabana, nesta segunda-feira (2/9). As medidas foram apresentadas pelo diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, durante o painel "Saneamento é sustentabilidade", que contou com a participação do secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione, e do diretor financeiro do Pacto Global da ONU no Brasil, Rodrigo Favetta.
Ballon destacou que os grandes sistemas de produção de água da Cedae - Guandu-Lameirão e Imunana-Laranjal - foram construídos numa época em que não havia controle rigoroso dos impactos ambientais. Estes sistemas estão passando por obras de modernização para mitigar estes impactos e os novos sistemas em construção ou em fase de projeto - ETAs Novo Guandu, Xerém, São Pedro, Tinguá e Ribeirão das Lajes - já incorporam "tecnologias limpas".
- O Guandu, pela época em que foi construído, precisou ser daquele tamanho. As novas estações de tratamento podem ser pensadas com dimensões menores e tecnologias mais modernas. As novas (ETAs) têm ultrafiltração, processo que requer menos produtos químicos e gera menos lodo residual. O Novo Guandu, embora também seja de grande porte, já é pensado para que tenha tratamento de lodo para reduzir o lodo residual, com a possibilidade de reaproveitamento, como a fabricação de tijolos, por exemplo.
De olho no futuro
Segundo Ballon, o foco da Companhia é garantir a capacidade de investimento para reverter os resultados financeiros em benefícios para a sociedade e o meio ambiente. No primeiro semestre de 2024, por exemplo, a empresa registrou lucro líquido de R$ 443 milhões, 333% superior ao registrado no mesmo período de 2023. Já os resultados operacionais foram de R$ 256 milhões, 234% acima do ano passado.
- Só tem sentido a empresa dar lucro, e fazermos as reformas que estamos fazendo, se no final do dia tiver conexão com estes objetivos: mais segurança hídrica e que nossas ações tenham o maior impacto ambiental e social possível - disse Ballon.
Além da reforma e modernização das estações em operação e da construção de novas unidades de produção, mais modernas, de janieo a julho deste ano, a Companhia também reduziu em 7,7 mil toneladas a quantidade de produtos químicos utilizados no tratamento só com aprimoramento dos métodos de dosagem. Com isso, a expectativa é diminuir em 10% a geração de lodo residual. Além disso, somente no sistema Acari, o uso de energia solar reduziu em cerca de 10 toneladas por mês as emissões de gases causadores de efeito estufa.
Nicola destacou as reformas que a Cedae vem implantando, estão preparando a empresa e o Estado do Rio para enfrentar as consequências das mudanças climáticas, com maiores períodos de seca e eventos climáticos mais frequentes.
- Se não planejarmos o futuro, daqui a 20 ou 30 anos teremos dificuldades. E a Cedae hoje está olhando para frente, pensando no futuro, para garantir a segurança hídrica - elogiou.