A Empresa

História

A Cedae foi criada em 1975, ano da fusão entre os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. A Companhia nasceu da união de três empresas: a Companhia Estadual de Águas da Guanabara (Cedag), a Empresa de Saneamento da Guanabara (Esag) e a Companhia de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro (Sanerj).

Muitas transformações entraram para a História, com recordes, experiências, projetos, grandes feitos de Engenharia e formação de profissionais de alto nível.

Primeiros grandes sistemas

Em 1908 é inaugurado o Grande Sistema de abastecimento, conhecido hoje como Sistema Acari, com captações nas represas de São Pedro, Rio d´Ouro, Tinguá, Xerém e Mantiquira, levando água de Nova Iguaçu e Duque de Caxias até o Centro do Rio.

O Rio cresceu sem haver fontes volumosas de água na capital, e em 1937 foi iniciada a construção do sistema de Ribeirão das Lajes. A primeira adutora ficou pronta em 1940, e a segunda em 1949. Vazão média: 5.100 litros por segundo (l/s).

Décadas de 1950 e 1960

1954

Para atender ao Leste Metropolitano, é inaugurada a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Laranjal, em São Gonçalo, interligada ao sistema de captação de água bruta no Canal de Imunana, formado pelos rios Guapiaçu e Macacu. O sistema Imunana-Laranjal tinha vazão de 500 l/s, abastecendo Niterói, São Gonçalo e parte de Itaboraí.

1955

A transposição das águas dos rios Paraíba do Sul e Piraí para a bacia do Rio Guandu possibilita, em agosto de 1955, a inauguração da primeira etapa da ETA do Guandu, em Nova Iguaçu, que viria a ser uma das maiores obras de engenharia em abastecimento de água no mundo.

1965

Dez anos depois, com mais uma etapa concluída, a capacidade de produção do sistema Guandu chega a 13.800 l/s para atender Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Itaguaí, Queimados e Rio de Janeiro.

1966

A Elevatória do Lameirão entra em operação como a maior estação subterrânea do mundo, com as estruturas hidráulicas a 64 metros abaixo do nível do terreno. No mesmo ano é criada a Companhia Estadual de Águas da Guanabara (Cedag). Reservatórios são remodelados, tubulações substituídas, e um cadastro de consumidores elaborado.

Décadas de 1970 e 1980

1974

Após sua primeira grande reforma de ampliação, a ETA Guandu passou a produzir 24 mil l/s. A necessidade fora apontada por estudos da Agência Americana para Desenvolvimento Internacional.

1975

Em 15 de março deste ano histórico, fundiram-se os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. A CEDAE nasceria no mesmo ano, no dia 1º de agosto, resultado da junção de três empresas publicas: Cedag, Esag e Sanerj.

1982

A Cedae conclui a obra de modernização que tornaria o Sistema Guandu o maior parque de produção de água da América Latina. A construção da NETA (Nova Estação de Tratamento de Água) aumentou a produção de água de 24 mil l/s para 43 mil l/s.

Décadas de 1990 e 2000

1997

A Nova Estação do Lameirão (NEL) é ativada com duas novas bombas de recalque. Sua capacidade foi ampliada, reforçando a oferta de água para Zona Oeste, Baixada Fluminense e Zona da Leopoldina do Rio de Janeiro.

1998

A inauguração da ETA Laranjal 3 conclui o complexo de produção e fornecimento de água potável do Leste Metropolita. O sistema já havia passado por duas ampliações - em 1962 e em 1982. As três estações interligadas chegam à vazão média de 6.400 l/s para Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e a Ilha de Paquetá.

2001

A Cedae lança o programa Replantando Vida, unindo preservação ambiental e ressocialização de apenados do sistema prisional estadual, em parceria com a Fundação Santa Cabrini (FSC). O Replantando Vida oferece vagas para diversas funções na Companhia, como serviços gerais nos setores administrativos e operacionais, manutenção de áreas verdes e jardinagem, confecção de uniformes, obras e reparos na área da construção civil de unidades, produção de mudas e restauração florestal para proteção e recuperação de mananciais.

2007

A ETA Guandu entra no Guinness Book, O Livro dos Recordes, como a maior estação de tratamento de água do mundo em produção contínua.

2009

Inaugurada a UniverCEDAE, Universidade Corporativa, em São Cristóvão. O projeto oferece diversos cursos de qualificação, treinamento básico e pós-graduação para treinar funcionários da empresa.

Décadas de 2010 e 2020

2011

Administração da empresa é centralizada no Edifício Cedae, na Avenida Presidente de Vargas, altura da Praça Onze. O edifício tem especificações técnicas elevadas, boa imagem corporativa e classificação Buildings A.

2012

Inaugurado o Centro de Controle Operacional (CCO) do Edifício Cedae. Na sala de monitoramento, é possível supervisionar a operação dos grandes sistemas operados pela empresa.

2015

Pacote de obras de infraestrutura anunciado pelo Estado inclui uma nova ETA em Nova Iguaçu, o Novo Guandu, com capacidade de produzir mais de 12 mil l/s de água. O plano prevê reservatório de 53 milhões de litros para atender o crescimento da Baixada, beneficiando diretamente Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti, Japeri, Seropédica e Itaguaí, além da capital.

2016

Para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Cedae elaborou um planejamento prévio de obras e ações que ficaram como legado para a cidade do Rio de Janeiro.

2021

Primeiro leilão de concessão da Cedae ocorre em 30 de abril, na sede da B3, em São Paulo. A empresa Águas do Rio arremata os blocos 1 (R$ 8,2 bilhões, ágio de 103%) e 4 (R$ 7,2 bilhões, ágio de 187%). A Iguá fica com o bloco 2 (R$ 7,28 bilhões, ágio de 129%). Os contratos de concessão seriam assinados em agosto.

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Em setembro, Cedae inicia recuperação da mata ciliar às margens do Rio Guandu, com previsão de plantio de 1 milhão de árvores em até cinco anos.

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Em novembro, a pedido da Águas do Rio, é encerrado antecipadamente o período de operação assistida, e a concessionária assume a distribuição de água e a coleta e tratamento de esgotos em 27 cidades do Estado e 124 bairros do município do Rio de Janeiro.

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Em parceria com a Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Cedae lança em novembro o Verão Guandu 2022. O projeto inclui Unidades de Tratamento de Rios (UTRs) na Baixada para diminuir a poluição, mais volume de bombeamento do Rio Guandu para as lagoas próximas à estação de tratamento, obras de modernização no Sistema e novas tecnologias para controlar e monitorar a qualidade da água.

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Em 29 de dezembro, a Águas do Brasil arremata o bloco 3 por R$ 2,2 bilhões, um ágio de 90%. Após a assinatura do contrato segue-se um período de até 180 dias de Operação Assistida.

2022

Para garantir a qualidade da água captada nas lagoas do Guandu, a Cedae instalou, em março, oito boias que emitem ondas de ultrassom de baixa potência capazes de monitorar e controlar a proliferação das algas. Os equipamentos são carregados por energia solar e contam com software que permite o monitoramento, em tempo real, das condições das lagoas. Foram investidos mais de R$ 4,3 milhões na aquisição e instalação das boais, fabricadas na Holanda.

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Com investimento de mais de R$ 2 bilhões, as obras do Novo Guandu, sistema que vai beneficiar 3 milhões de pessoas na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio, foram iniciadas em abril. O sistema vai produzir mais 12 mil litros por segundo (l/s) de água, operando em conjunto com a ETA Guandu. A previsão de conclusão de todo o projeto é 2026.

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O pacote de modernização do Sistema Imunana-Laranjal foi iniciado em abril. As ações, que serão feitas até 2025, incluem revitalização dos filtros e floculadores, substituição de bombas de água bruta, aquisição de novos equipamentos, reforma das instalações, além da reformulação do sistema de monitoramento e controle do processo de tratamento.

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Os cinco mananciais que abastecem parte de Nova Iguaçu e Duque de Caxias (Xerém, Mantiquira, Rio D’Ouro, São Pedro e Tinguá) vão fornecer água para tratamento em três novas ETAs automatizadas. A obra da primeira, ETA Tinguá, foi iniciada em abril de 2022.

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Em agosto, a Cedae inaugurou o novo sistema de abastecimento de Japeri. Com investimento de mais de R$ 23 milhões, o empreendimento beneficia cerca de 100 mil pessoas. A estação é automatizada, permitindo que técnicos acionem válvulas, comportas e motores de forma remota. Também é possível monitorar, em tempo real, as etapas do tratamento de água.

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Cada vez mais focada em ações sustentáveis e práticas voltadas à agenda ESG, a Cedae passou a integrar, em setembro, o Pacto Global da Organização das Nações Unidas - ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo. O Pacto Global tem como objetivo incentivar empresas e órgãos a adotarem políticas sustentáveis e socialmente responsáveis.

2023

Inaugurado em março de 2023, o Libra, novo laboratório da ETA Guandu, garante mais eficiência ao processo de análise da água. A unidade conta com cromatógrafo líquido e cromatógrafo gasoso, equipamentos que medem substâncias como geosmina, cianotoxinas e poluentes. Além disso, o Libra possui a primeira equipe de “sommeliers de água” do Estado.

Em parceria com a ONG The Nature Conservancy e com a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), a Cedae lançou, em junho, o Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina. A iniciativa tem como meta conservar e restaurar 30 mil hectares de Mata Atlântica no Estado do Rio, de Janeiro, envolvendo nove municípios: Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro e Vassouras. O objetivo é fortalecer a infraestrutura verde de mananciais fundamentais para o abastecimento do Estado, como o Rio Guandu e a represa de Ribeirão das Lajes.

Em julho, a Cedae iniciou as obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) Xerém, em Duque de Caxias. Com vazão de 1,3 mil litros por segundo, a maior ETA com sistema de ultrafiltração do Brasil beneficiará 450 mil moradores na localidade, além dos bairros de Santa Cruz da Serra, Imbariê e áreas adjacentes. A previsão é que a ETA Xerém entre em operação em 2025.

No dia 1º de agosto, a Cedae inaugurou um novo viveiro florestal dentro da Penitenciária Luis Fernandes Bandeira Duarte, no distrito de Bulhões, em Resende. O viveiro é o segundo instalado dentro de um presídio e vai cultivar, por ano, 120 mil mudas de plantas nativas da Mata Atlântica.

Em agosto, o novo Centro de Controle Operacional (CCO) da Cedae, no bairro de Vila Isabel, entrou em operação. A unidade é responsável pelo monitoramento de oito sistemas produtores de água, que atendem mais 2,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana, sendo estes: Ribeirão das Lajes, Japeri, Campos Elíseos e as represas Xerém, Mantiquira, Tinguá, Rio D’Ouro e São Pedro, que compõem o Sistema Acari.

A Companhia instalou sistemas de energia fotovoltaica nas represas do Sistema Acari, responsáveis pelo abastecimento de parte de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu. Além de oferecer maior segurança operacional, a energia solar reduz a poluição sonora e a emissão de dióxido e monóxido de carbono no interior da reserva, protegendo a fauna e a flora. O novo sistema de energia garante uma redução de aproximadamente 10 mil quilos de gases emitidos por mês.

    Fotos: Acervo Cedae

 
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