Uma iniciativa da Cedae, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e a ONG The Nature Conservancy (TNC), vai recuperar mais de 30 mil hectares de Mata Atlântica no Estado do Rio. Lançado nesta quarta-feira (7/6), no Palácio Guanabara, o Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina vai garantir o plantio de mais de 70 milhões de mudas de espécies nativas na região até 2050.
O corredor cobre uma área de 195 mil hectares que envolve nove municípios - Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro e Vassouras - e mananciais fundamentais para o abastecimento do Estado, como o Rio Guandu e a represa de Ribeirão das Lajes. A região ainda abriga unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual Cunhambebe e áreas de proteção ambiental (APAs), onde vivem 20 mil espécies nativas do ecossistema, das quais 6 mil endêmicas.
- Com este programa, mais uma vez o Estado do Rio mostra que sai na frente com o trabalho que está sendo desenvolvido, com recursos públicos empenhados e boas parcerias praticadas. É muito mais do que fazer discursos e reuniões, é agir – afirmou o vice-governador e secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, em discurso.
O programa é parte do compromisso da Cedae com a Década da Restauração de Ecossistemas, iniciativa da ONU para incentivar a recuperação de áreas degradadas, combater as mudanças climáticas e escassez de água, entre outros objetivos. A Companhia vai atuar na identificação de espaços públicos para ações de plantio, na doação de mudas e apoio a instituições relacionadas, mobilizando os proprietários locais em parceria com a TNC.
- A atividade principal da Cedae, que o Estado considera de grande relevância, é a produção de água. E nosso desafio não é pequeno. As áreas onde fazemos a captação precisam ser preservadas para que o fornecimento de água seja permanente, garantindo a segurança hídrica. Até porque, com a inauguração dos novos equipamentos que estamos construindo, como o Sistema Novo Guandu, haverá mais água sendo demandada, e maior necessidade de que estes ecossistemas sejam preservados – ressaltou Aguinaldo Ballon, diretor-presidente da Cedae.
Embora integre as ações da Década da Restauração, o programa irá além: até 2050, serão plantadas aproximadamente 75 milhões de mudas no corredor Tinguá-Bocaina, sendo cerca de 25 milhões até 2030. Todas as mudas utilizadas nas ações de reflorestamento serão produzidas nos viveiros mantidos pelo programa socioambiental Replantando Vida, da Cedae.
Semana de comemorações
O lançamento do Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina é parte de uma série de ações da Cedae para celebrar a Semana do Meio Ambiente. As atividades começaram na segunda-feira (5/6), com o plantio de mais de mil mudas em área de 500 hectares às margens do Rio Guandu, em Queimados. No mesmo dia, o Manancial, centro de inovação socioambiental da Companhia, recebeu dois eventos sobre meio ambiente: o primeiro, atividades educativas com estudantes da Escola Municipal Edmundo Bittencourt, de Benfica; e o segundo, uma edição do projeto "Meio Ambiente em Meia Hora", que promoveu palestra sobre compostagem industrial.
Para fechar as comemorações, a Cedae vai inaugurar, ainda este mês, o oitavo viveiro florestal do Programa Replantando Vida, na Penitenciária Luís Fernandes Bandeira Duarte, no distrito de Bulhões, em Resende. A unidade é a segunda localizada dentro de uma unidade prisional (a primeira fica na Colônia Penal Agrícola de Magé), terá área de 1,7 mil m² e capacidade de cultivar até 200 mil mudas por ano.
Fotos: Leo Ripamonti/CEDAE